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11/06/2010

Copa do Mundo- Um Perdido na África do Sul

A Copa do Mundo 2010 teve seu início ontem com a pré-abertura. Vários shows agitando a galera e hoje com a abertura oficial, bem simples, mas muito bonita. Logo depois o início com o jogo da África do Sul, de Parreira, contra os mexicanos. Deu empate de um a um (comecei bem no bolão).

Ta aí outra diversão da Copa, só não vá ficar brigando com sua namorada ou mulher por isso. Fora as brigas têm os e-mails bem humorados do manual do homem na Copa, mas elas responderam logo em seguida, e à altura.


 O sul africano sabe fazer uma festa. Eles são tão bons quanto à gente, quem ta lá inclusive diz que se sente em casa, por isso mesmo eles vão torcer por nós quando nenhuma seleção africana estiver mais disputando o mata-mata. Deve ser uma sensação incrível você lá no meio daquele povo, daquela cultura diferente. Os olhos de todo planeta estão voltados para lá.

A África no geral possui muito mais problemas sociais e de saúde que qualquer outro aqui das Américas, mas por um mês inteiro algumas destas pessoas poderão sentir um pouco dessa magia, sentir alegria e orgulho de poder torcer em casa, ou no caso dos outros países africanos, perto dela.

Tem um amigo meu daqui que se mandou pra lá, disse que não podia perder a festa, queria conhecer o país de Mandela. Comprou a passagem, depois quando foi se informar sobre lugares para dormir descobriu que tava “salgado” o preço: “Renan, imagina que têm uns lugares lá de abrigo que estão cobrando mais de mil reais por noite, sendo que é isso e mais a companhia de umas 10 pessoas, todos no mesmo cômodo, só com um colchão pra você dormir”. Eu ri e disse: “Bom proveito amigão”.

Ele ficou em dúvida, quem não ficaria? Você pode ser assaltado no meio da noite, ali não é país de primeiro mundo com toda a segurança que existe em um país como a Alemanha, por exemplo.

 Mas ele é brasileiro e não desiste nunca. Procurou se informar mais, trocou e-mails com outros brasileiro que iriam, xingou a parede do quarto quando a situação parecia piorar. O tempo passava e a preocupação aumentava. Até que descobriu umas casas de lá que davam um quarto e café da manhã por um preço acessível (comparado ao amontoado de antes).

Respirou aliviado e abriu aquele sorriso de orelha á orelha. Saiu ontem daqui e já deve ter chego por lá com sua bandeira verde e amarela e a buzina. Vai assistir a todos os jogos do Brasil da primeira fase e depois volta. Só teve uma dúvida: “Renan, o ruim vai ser pra me comunicar por lá, não sou muito bom em inglês, e o sotaque de lá não vai me ajudar muito”. Disse que ia comprar um tradutor.

Só imagino a cena dele carregando aquele troço na mão e andando pra lá e pra cá mais perdido que “cusco em tiroteio”. No fim do papo só dei uma dica, que “pra saber a direção do estádio não precisa de tradutor e muito menos falar inglês, é só seguir o som das vuvuzelas”.

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